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terça-feira, 18 de dezembro de 2012

PRINCIPIO DO FIM DOS TEMPOS... SIM. MAS NÃO O FIM!


O homem e a mulher cristã com certeza já perceberam que estamos vivendo um tempo fortemente marcado pelo secularismo, pelo ateísmo prático e pela abertura dos homens às forças de crenças espiritualistas, exóticas e satânicas. Não é só isso! Nosso tempo está também marcado por grandes manifestações celestiais, cercados de sinais fortemente reais, que não deixa nenhuma dúvida sobre o propósito de Deus em vir salvar os seus, já que o tempo derradeiro da volta de seu Filho Jesus se aproxima. Isso não deve ser motivo de pânico ou medo, mas de conversão. Até, porque o dia e a hora da vinda do Senhor, só Deus sabe.

Os apelos de Deus, através de seu filho Jesus e também da Virgem Maria à conversão, a oração e a penitencia tem sido um constante esforço divino em arrebanhar os seus em preparação à volta gloriosa do Senhor. É tempo de aproveitar estes remédios divinos que Deus nos oferece por Jesus, pois eles são os últimos medicamentos capazes de nos salvar e proporcionar a nossa saúde espiritual. Haverá um momento em que uma dor purificadora há de purificar esta terra e tudo o que nela existe.

Queridos, esse mundo foi criado para a glória de Deus, para ser o Reino de Jesus, portanto, não é justo que ele seja dominado por força maléfica, destruidora da paz familiar e social. É preciso que formemos um grande exercito de homens e mulheres fiéis a Deus, para combater as hostes do mal operante neste mundo. Isso implica viver a fé recebida no batismo e protagonizá-la, assumirmos nosso discipulado missionário na Igreja e no mundo. Precisamos ser uma Igreja de santos, uma Igreja que apele às consciências para a conversão a Jesus, pois a fase da misericórdia de Deus está terminando e com toda certeza vai começar a fase da Justiça. Haverá um momento e não está muito longe, em que Jesus há de abaixar os seus braços, até então suspensos pelas lágrimas de Nossa Senhora e as orações dos santos e santas.  Amados, a humanidade foi longe de mais na sua grande ilusão de auto-realização a revelia do seu Criador, por isso vive o risco eminente de precipitar na condenação, se não arrepender-se e voltar-se para o Senhor Jesus, já que é ainda vivemos o tempo da graça.

A negação de Deus pelos homens tem trazido graves consequências para a humanidade, pois ela começou a construção de uma estrutura humana sobre fundamento puramente humano, deixando de lado o seu criador. A consequência disto é uma economia sem Deus, direito sem Deus, política sem Deus, Justiça sem Deus, famílias sem Deus, Isso tem levado os governos a se esforçarem por banir Cristo das escolas, dos poderes públicos, das Assembleias legislativas, dos Senados, prefeituras, etc. E sabe o que eles alegam? O estado e laico. E começaram por tirar das instituições públicas o símbolo cristão: A CRUZ. Esquecendo-se que uma sociedade sem Deus, gera filhos monstros e esses transformam em pesadelos o sonho do povo (violência sem limites, como vemos hoje!), e isso temos visto em nossos líderes da política (aqui Deus nos livre), da ciência, tecnologia, etc... Estas lideranças deixaram de estar ao serviço do povo, e estão sim, a serviço da destruição do homem – olhe nossa situação climática!. Vemos um mundo em destruição: terremotos, vulcões ativos, furacões, tempestades, grandes enchentes, derretimento das geleiras, enfim, tudo provocado pela degradação da natureza.

O homem sem Deus não consegue amar, por isso transformou o mundo num grande barril de pólvora, onde guerras se explodem em todos os cantos por puros interesses econômicos e estratégicos. Isso tem levado as nações ricas a ficarem mais ricas, e as pobres mais pobres, daí as violências sem precedentes nas grandes e pequenas cidades. Vemos assassinato de pais por filhos e vice-versa, de irmãos, todos os tipos de crimes sexuais, roubos, assaltos a bancos, sequestros comuns, sequestros relâmpagos, tráfico de armas e drogas, crimes contra a criança e adolescente, contra a mulher, enfim, tudo resultado de uma humanidade sem Deus. As sagradas escrituras dizem que a razão de todos os males é o pecado, pois ele, além de afrontar a santidade de Deus, destrói fisicamente, moralmente e espiritualmente o homem, daí que a falta de fé em Deus, traz como consequência para o homem o uso irracional da liberdade.

O mundo está mergulhado no hedonismo, no materialismo, na corrupção, na pornografia e na violência. Todas as formas de pecados são glorificadas pelos homens sem Deus: na música, filmes, revistas, rádios, televisão, jornais, etc. Não bastassem isso, temos no Brasil um congresso nacional discutindo a aprovação da legalização do aborto, do casamento de gays, da cirurgia transexual e assim por diante... Só vemos atos absurdos. Isso não é o fim do Mundo?  Não tenhamos dúvidas, entramos no segundo advento da vinda de Cristo, por isso, temos que nos preparar, porque antes do fim haverá a purificação, onde os homens e o mundo serão purificados em preparação da vinda do Senhor Jesus, isto acontecerá durante a grande tribulação, nos dias de trevas: “O sol converter-se-á em trevas e a lua, em sangue, ao se aproximar o grandioso e temível dia do Senhor. (Joel 3,4). Mas, não nos preocupemos, ainda não será o fim.

O mundo já esta vendo em andamento aquela fase histórica da vitória de Cristo, que culmina com sua vinda, onde a luta entre o bem e o mal se tornará violenta à medida que o fim se aproxima com a vitória definitiva de Cristo. Deus quebrou o seu silencio e começou a agir e nós humanos somos testemunhas disso, pois vivemos uma serie de catástrofes que não encontramos explicação natural.

O objetivo maior de Satanás é afastar o homem de Deus. Ele estimula-o a praticar o mal e confunde suas ideias com um mar de filosofias, pensamentos e até religiões cheias de mentiras, misturadas com algumas verdades. Envia seus mensageiros travestidos, para confundir aqueles que querem buscar e amar Deus. Torna a sua mentira parecida com uma verdade, induzindo o homem ao engano e a ficar longe de Deus, achando que está perto. E tem mais. Faz com que a mensagem de Jesus pareça uma tolice anacrônica, tentando estimular o orgulho, a soberba, o egoísmo, a inimizade e o ódio entre os homens. Ele trabalha arduamente com o seu exército de malfeitores  para enfraquecer a igreja do Senhor, lançando divisões, desânimo, críticas aos clérigos, adultério, mágoas, friezas espirituais, avareza e falta de compromisso. Tenta por todas as maneiras destruir a vida dos pastores (bispos, padres e diáconos), principalmente com o sexo, ingratidão, falta de tempo para Deus e orgulho.

Amados, como verdadeiros filhos de Deus, devemos ficar preparados para o fim dos tempos, Isto é, precisamos estar vigilantes, agir prudentemente, e estar desapegados das coisas temporais. Devemos aproveitar este tempo de espera entre a vinda e a manifestação gloriosa de Cristo na sua glória para nos converter. “Arrependei-vos, portanto, e convertei-vos para serem apagados os vossos pecados. Virão, assim, da parte do Senhor os tempos de refrigério, e ele enviará aquele que vos é destinado: Cristo JesusÉ necessário, porém, que o céu o receba até os tempos da restauração universal, da qual falou Deus outrora pela boca dos seus santos profetas.”(At 3, 19-21)

Só a graça de Deus e a nossa conversão, meus amados, poderão nos libertar dos momentos de trevas que haveremos de passar e nos introduzir na luz da salvação eterna. Nós somos a Igreja de Cristo, por isso, não devemos temer, pois ”... as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16,18), mas, devemos viver em estado de vigilância, e aprender  a ler a vinda do Senhor Jesus Cristo nos acontecimentos. Assim, quando houver terminado nossa aventura de peregrinos neste tempo, será nos revelado a face de Deus e nos será dado a plena comunhão de vida com Ele, por toda eternidade, amem!

Diác. Misael da Silva Cesarino



DIMENSÃO MISSIONÁRIA DA IGREJA DO SENHOR


A missão fundamental da Igreja delegada pelo Senhor é voltar o seu olhar aos homens e mulheres de todos os tempos e orientá-los para uma consciência e uma experiência do mistério da Pessoa: Jesus Cristo. Esta missão da Igreja nasce da sua fé na pessoa de Jesus Cristo, pois somente na fé vivida e provada se fundamenta e compreende-se a missão da Igreja.

São João no Capitulo 14, 6 diz: “ninguém vai ao Pai senão por mim”, aqui temos uma afirmação clara de que o Senhor Jesus é o único salvador dos homens, o único capaz de nos revelar e conduzir até Deus. Em suma, a Salvação só poderá vir ao homem por Jesus Cristo. E essa Salvação trazida por Cristo é universal, é para todos, portanto não poderá jamais ficar trancada entre as paredes dos nossos templos. Compete a Igreja por sua natureza missionária jamais deixar de proclamar o Evangelho, pois, ela sabe que os homens só poderão entrar em comunhão com Deus, através do anúncio explicito do evangelho sob a ação do Espírito Santo.

Urge em nossos dias, uma atividade missionária derivada dessa novidade de vida trazida por Cristo e vivida pelos apóstolos: A Salvação. Não podemos negar que a primeira beneficiaria dessa novidade de vida é a própria Igreja, pois “ela foi por Cristo adquirida com o seu sangue” (cf. At 20,28) e fez dela sua cooperadora imediata na grande obra de Salvação da humanidade.O próprio Senhor vive nela e nela realiza o seu crescimento, cumprindo sua missão através dela.

Deus infinito em misericórdia constituiu o Senhor Jesus Cristo como o único mediador, isso é professado pela Igreja, que recebeu do Senhor a incumbência de ser no mundo instrumento universal de salvação. Pois, a salvação enquanto dom do Espírito exige a nossa colaboração para salvar a nós mesmos, assim como aos outros. Por isso,

Deus quis estabelecer e comprometer a Igreja com o Plano da Salvação. Esta Igreja estabelecida por Cristo como comunhão de vida, amor e verdade serve nas mãos do Senhor, de instrumento universal de Salvação e é enviada ao mundo todo, como luz e sal da terra.

Essa nossa fé recebida do Senhor como dom do alto, sem mérito nenhum da nossa parte; temos que testemunhá-la, como fizeram os primeiros cristãos mártires, dando a nossa vida por ela. Temos que estar convencidos pela fé, que cada homem e cada mulher do nosso tempo necessitam do Senhor Jesus, como seu Senhor, seu Messias, seu Salvador. Como aquele que morrendo ressuscitou, subiu ao céu e da sua glória nos dá o seu Espírito Santo para vivermos como irmão e filhos de Deus.

Temos que proclamar que Jesus veio a este mundo revelar a face misericordiosa de Deus e nos merecer pela cruz e ressurreição a Salvação Eterna. Proclamar que só Nele e por Ele é que o homem é liberto de toda alienação que o mundo oferece. Proclamar que só Nele o homem liberta-se do poder da escravidão do pecado e da morte.

Se realmente Cristo tornou-se verdadeiramente a nossa paz (Ef 2,14); e o amor de Cristo nos impele (2 Cor 5,14) e dá sentido a nossa vida cristã; não podemos ficar passivos ante a necessidade dos homens em salvar-se, mas, antes colocarmo-nos em estado permanente de missão. Pois a missão é uma conseqüência da nossa fé, ela é a medida exata da nossa fé no Senhor Jesus e no seu amor por nós.

A Igreja do Senhor, isto é, cada um de nós batizados pelo nosso discipulado missionário, não podemos esconder nem guardar para si mesmo, essa riqueza da fé recebida da bondade divina, mas, precisamos comunicá-la a todos os homens. Jamais podemos esquecer que a missão da Igreja, além de ser um mandato do Senhor, deriva ainda de uma profunda exigência da vida de Deus em nós. Pois, incorporados a Igreja devemos sentir privilegiados, e, por isso mesmo, mais comprometido a testemunhar a Fe é a vida cristã como serviço prestado aos irmãos afastados.

Para colocar em prática a dimensão missionária, a Igreja conta com uma garantia dada pelo Senhor, de que, nesta tarefa, ela não ficará sozinha, mais receberá a força e os meios para realizar sua missão, isto é, a presença e a força do Espírito Santo e ainda a assistência de Jesus (Mc 16,20).

A nossa missão é proclamar o querígma; “anunciar o Evangelho” (Mc 16,15) da Salvação, com o objetivo de levar o ouvinte a repetir a confissão de Pedro “Tu és o Cristo” (Mc 8,29), ou ainda dizer como o centurião romano diante de Jesus morto na cruz: “verdadeiramente este era o filho de Deus” (Mc 15,39).

Portanto, para levar ao termo a sua dimensão missionária, a Igreja não deve basear na sua capacidade humana, mas na força do Cristo ressuscitado que diz: “eu estarei convosco todos os dias, até ao fim do mundo” (Mt 28, 20).

Paz e bem!
Diác. Misael da Silva Cesarino
Diácono Cooperador Paroquial

terça-feira, 7 de agosto de 2012

É possível viver santidade na política!



É possível viver santidade na política!

Refletindo volta ao assunto sobre a política, até porque aqui no Brasil estamos em plena campanha eleitoral para as prefeituras municipais das grandes e pequenas cidades – municípios.  É um tempo de refletir é tomar decisão consciente, porque ela implicará no destino dos municípios pelo menos por quatro anos. Mas, ao meu entender não basta só os eleitores tomar as devidas cautelas para uma decisão “acertada”, é preciso que os que se apresentam como candidatos a prefeitos ou vereadores sejam íntegros.

Atentemos para o fato de que, não se fica um homem qualificado, isto é “bonzinho, santo, cheios de virtudes franciscanas, vicentinas, carismáticas, etc.” de hora para outra. Também, não se fica um católico ou evangélico qualificado só no período eleitoral. O que observamos é nessa época um corre-corre as igrejas de indivíduos que durante suas vidas viveram como se elas – igrejas - não existissem e agora se apresentam com “cara de anjos”, para sensibilizar os fiéis.

Nossos candidatos – quase na sua maioria - precisam se qualificar como seres humanos bons, honestos e morais. Precisam buscar na fé vivida seja através do cristianismo ou de outras religiões encontrar Deus e com Ele viver seu dia a dia, pois o homem que não vive comunhão com Deus e não o carrega no coração vira “bicho”. E bicho meus amados, vive segundo seus instintos animalescos. Aliás, os políticos não precisam ser “santos”, mas precisam ser humanos, precisam cultivar a caridade no coração, pois ela é a única virtude que carregamos para a eternidade.

Quero lembrar aos nossos candidatos que, existe na Igreja um santo, proclamado Padroeiro dos Governantes e dos Políticos que soube testemunhar até ao martírio a dignidade inalienável da consciência. Dele emana uma mensagem que atravessa os séculos e que fala aos homens e mulheres de todos os tempos dessa dignidade da consciência que deve permear a vida dos nossos governantes e políticos. Esse santo é chamado de São Tomaz Moro, que chegou a pensar em ser um religioso vivendo por quatro anos num mosteiro, mas desistiu. Aos vinte e dois anos, já era doutor em direto e um brilhante professor. Como não tinha dinheiro sua diversão era escrever e ler bons livros. Além de intelectual brilhante tinha uma personalidade muito simpática, um excelente bom humor e uma devoção cristã arrebatadora. Como eu disse anteriormente, ele tentou tornar-se um religioso “franciscano”, mas sentiu que não era o seu caminho. Então, decidiu pela vocação do matrimônio. Casou-se, teve quatro filhos, foi um excelente esposo e pai, carinhoso e presente. Mas sua vocação ia além, ela estava na política e na literatura. 

No ano de 1529, Tomás Moro era o chanceler do Parlamento da Inglaterra e o soberano era o rei Henrique VIII. Mesmo entranhado no poder real Tomás Moro nunca se afastou dos pobres e necessitados, ele regularmente os visitava para melhor atender suas reais necessidades. Sua casa sempre estava repleta de intelectuais, mas também de pessoas humildes, preferindo a estes mais que aos ricos. Ele evitava a todo custo o envolvimento com a vida sofisticada e mundana da corte. Era muito admirado e amado por sua esposa e seus filhos, pelo caráter, pela honestidade e pelo bom humor, que lhe era peculiar em qualquer situação. Ao longo de toda a sua vida, foi um marido e pai afetuoso e fiel, cooperando intimamente na educação religiosa, moral e intelectual dos filhos.

Ele foi martirizado no meio de uma grande controvérsia, quando o rei Henrique VIII tentou desfazer seu legítimo matrimônio com a rainha Catarina de Aragão, para casar-se com a cortesã Ana Bolena. Isso envolveu a Igreja, a Inglaterra e boa parte do mundo, fato que contrariou todas as leis da Igreja que se baseiam no Evangelho e que reconhece a indissolubilidade do matrimônio. E para fazer a vontade do rei, o Parlamento Inglês curvou-se e publicou um documento tido como “Ato de Supremacia”, que proclamava o rei e seus sucessores como chefes temporais da Igreja da Inglaterra. Diante disso, o rei mandou prender e matar todos seus opositores. Entre eles estavam o chanceler Tomás Moro e o bispo católico João Fisher, as figuras mais influentes da corte. Os dois foram decapitados: o primeiro foi João, em 22 de junho de 1535, e duas semanas depois foi a vez de Tomás, que não aceitou o pedido de sua família para renegar a religião católica, sua fé e, ainda, fugir da Inglaterra. Morreram por não concordar com os “conchavos da corte” e manter a dignidade das suas consciências.  Ambos foram canonizados na mesma cerimônia pelo papa Pio XI, em 1935, que indicou o dia 22 de junho para a festa de ambos, e o saudoso papa João Paulo II, no ano 2000, declarou são Tomás More “Padroeiro dos Políticos”. Portanto senhores candidatos, exemplos e testemunhos de coerência política e dignidade de consciência há, basta segui-la.

Lembrem-se senhores candidatos, quando o homem ou a mulher prestam ouvidos aos apelos da verdade sua consciência será guiada com segurança e consequentemente os seus atos norteados para o bem. É precisamente por causa do testemunho de vida que evoquei nesta reflexão São Tomás Moro, que derramou o seu sangue em favor da verdade sobre o poder e os conchavos na corte. Ele deve ser para os que pleiteiam cargos político um exemplo imperecível de coerência moral. Mesmo que não seja você cristão, ainda que esteja fora da Igreja, mas que se sentem chamados a guiar os destinos das nossas cidades faça da sua vida uma fonte de inspiração, para que tenhamos uma política que visa não as benesses dos seus mandatários, mas tenha como termo o serviço da dignidade da pessoa humana. Portanto, é possível viver santidade na política!

Paz e bem!
Diác. Misael da Silva Cesarino

domingo, 15 de julho de 2012

SUJOS E LIMPOS NO MESMO BARCO!



Vocês já perceberam que os “sujos” não gostam em hipótese alguma dos “limpos”. Aliás, limpeza com sujeira não combinam, mas neste País de magos, tudo é possível! Os “sujos” (politicamente falando) estão em todas as esferas da sociedade e são solidários. Já dizia o Senhor que: “... os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz”. (Lc 16,8). Os “sujos” andam na obscuridade, escondidos atrás da corrupção, gostam de viver a sombra para não serem reconhecidos, a fim de que seus atos ilegais não venham ser descobertos, eles têm realmente uma astúcia e uma audácia ímpar. Eles desafiam todas as autoridades constituídas para conseguir seus intentos, inclusive corromper os “limpos”.

De fato, eles são como uma “irmandade”, diga-se de passagem, aberta, pois quem quiser participar dessa confraria satânica vai ser sempre bem-vindo. Os tentáculos dos “sujos” são tão eficazes que alicia até os togados que se colocam acima do bem e do mal como defensores dessa nossa constituição em frangalhos. Aliás, para os sujos não importa se o futuro candidato a membro dessa confraria foi ou é um defensor intransigente das coisas limpas. O importante é que ele será sempre muito bem vindo, pois o circo da sujeira precisa crescer.

Na vida pública os “sujos” não são somente os políticos corruptos que exerceram um mandato e, no decorrer deste administraram as verbas do erário público relapsamente, não fizeram a devidas prestação de contas de forma adequadas, deixaram de comprovar se gastaram o dinheiro público exatamente naquilo para qual estava destinado, seja ele prefeito ou presidente de câmara municipal, mas todos aqueles outros que na gestão da coisa pública usufruíram dela em benefício próprio.

Pois é, com o voto decisivo do ministro Dias Toffolli, o (TSE) Tribunal Superior Eleitoral, decidiu ontem por 4 x 3 que quem tem contas eleitorais sujas (isto é, os sujos) poderá ser candidato nas eleições municipais deste ano. E pasmem! Na estimativa do próprio TSE, cerca de aproximadamente 21 mil políticos aparecem no cadastro da Justiça Eleitoral com suas contas rejeitadas. Pois é, os sujos saíram vitoriosos no julgamento da matéria pelo TSE. Ganharam o direito de se candidatarem.

O mais interessante em tudo isso, é que o pedido para que tal “Lei dos fichas sujas” não se aplicasse nessa eleição, foi solicitada por quase todos os partidos políticos dessa nossa Pátria amada. Porque será? Será que não existe ninguém que se julgue limpo? Será que estamos vivendo o caos político nesse País? Caro irmão, não será dessa vez que vamos ficar livre dos “sujos” e suas sujeiras, aliás, a possibilidades de aumentar essa confraria nessa próxima eleição é muito grande, visto que o “limpo” misturou-se com o “sujo”, e a sujeira é contaminante.

Muita coisa que está em jogo nesta decisão dos senhores ministros do TSE, onde se mistura o “sujo” com o “limpo”. Será que estes senhores de toga não sabem que a corrupção praticada pelos “sujos” trazem malefícios à saúde pública, trazem malefício ao sistema educacional, penaliza o trabalhador que usa um sistema de transporte precário, maltrata as famílias pobres que vivem em habitações sub-humanas e são submetidas ao poder paralelo do crime. Será que eles não sabem que a corrupção praticada pelos sujos mata os pobres na fila dos hospitais e mata também a esperança do povo brasileiro no voto e a confiança na democracia brasileira.  Mas, fazer o quê? Isso é Brasil! País onde o “limpo” mistura-se com o “sujo” para governar! Só nos resta rezar... E muito!
Paz e bem!
Diác. Misael da Silva Cesarino

terça-feira, 26 de junho de 2012

GRUPELHOS MEGALOMANÍACOS MIDIÁTICOS


Nunca pensei em escrever sobre esse assunto, mas em vista do que tenho presenciado nos canais  abertos de televisão, não me resta alternativa, senão fazê-lo. E o que passo a escrever contraria-me muito, por meus princípios ecumênicos. Enfatizo também, que as minhas observações reprobatória aqui expostas, não se aplica as igrejas cristãs que são sérias por tradição, que detestam como nós cristãos católicos a mentira e procuram revestir-se da sinceridade evangélica. Tenho certeza que tais cristãos estão em suas comunidades eclesiais, vivendo da tranquilidade da sua fé. Portando, não caberia a mim, importuná-los com meus escritos, pois com certeza praticam a fé cristã com reta intenção.

Meu desabafo e a minha profunda indignação, está dirigida para esses grupelhos de pseudocrístãos que são verdadeiros contra testemunhos para o cristianismo. Esses que diariamente, usando os meios de comunicação televisado ou radiofônico praticam de forma desavergonhada o estelionato religioso. Para estes grupelhos ou tipo de seitas oportunistas os fins justificam os meios, tanto que eles são anti-ecumenicos e proseletistas.

Hoje, o que mais vemos é o nascimento destes grupelhos, eles pululam por todos os cantos do País, com tentáculos em países da África e América do Norte. Eles parecem com as bactérias multicelulares, seres de tamanho tão insignificante, mas que conseguem multiplicar-se rapidamente e interferir de forma decisiva na vida humana. Os mais sublimes objetivos destes grupelhos unicelulares são: criar uma comunidade cujo numero de adeptos sejam suficientemente grande para o pagamento do dízimo, que por certo garantirá a sustentação econômica dos seus fundadores e suas megalomanias midiáticas.  Esses grupelhos, muito bem comandadas por seus dirigentes para atingir seus objetivos não têm escrúpulos, nem se poupam em forjar falsos milagres, muito menos as falsas curas provindas de puro sugestionamento.

Esses grupelhos, que podemos chamá-los também de seitas, conseguem convencer o povão incauto de que Jesus é um “bom pagador”, pois, irá pagar todas as suas dívidas, que Ele é um grande curandeiro, pois irá curar qualquer doença, que ele é um grande empresário, pois tem sempre altos empregos reservados para aqueles que são seus amigos, que os membros da seita vão todos prosperar em riquezas, que Jesus é um grande exorcista, pois espanta de forma espetacular qualquer satanás. Mas, tudo isso tem um preço: o indivíduo tem que batizar nessa seita e contribuir seu “generoso” dízimo, se isso for seguido à risca, mais dinheiro no bolso e mais milagres vão acontecer. Tudo engodo, pois num universo de cem curas, oitenta delas seria seguramente desmascarada por qualquer psicólogo ou investigador de policia como pura sugestão ou estelionato.

As grandes vítimas preferidas desses grupelhos (seitas) inescrupulosos, que se auto-intitulam “missionários”, “bispos (as)”, “apóstolos” e outros adjetivos, são nosso povo católico, isso porque somos ingênuos e acreditamos na sinceridade dos outros. Isso está também vinculado à fragilidade da fé dos nossos católicos genéticos, pois quando recebem em suas residências uma ou duas visitas destes proselitistas, profetas da confusão e discórdia, começam a tirar das paredes seus crucifixos e imagens. Atentemos para o que diz São João, sobre esses indivíduos: "Não os recebais em vossas casas, nem os cumprimenteis" (2º Jo 10). Com esse ensinamento ele quer orientar também os batizados do nosso tempo a não conversar com esses profetas da desunião entre os cristãos.

Assim, repudio veementemente toda e qualquer artimanha dita cristã, que em nada lembra o amor altruísta do Senhor em favor da nossa Salvação. Enoja-me esses mercenários da fé que usa e abusa de técnicas de marketing para manipular a ignorância e a ingenuidade de um povo, que já não bastasse ser massacrado socialmente por um sistema político que gera pobreza e miséria. Registro minha indignação para com esses manipuladores da Palavra de Deus, que a coloca a serviço dos interesses gananciosos dos seus púlpitos midiáticos. Repudio os arautos da tal “teologia da prosperidade” que se mostra eficaz, mas somente ao bolso dos seus pregadores, que fazem de suas igrejas um negócio rentável, chegando mesmo a ver a outra “seita” como sua forte concorrente. Bem, fiquemos firmes em nossa fé cristã católica e deixemos que no tempo certo Deus há de pedir que cada um preste contas de seus atos. 


Paz e bem!
Diác. Misael da Silva Cesarino

quarta-feira, 13 de junho de 2012

EVANGELIZAR PARA RENASCER



Hoje, como nos tempos da Igreja primitiva, deve ressoar entre homens e mulheres do nosso tempo o primeiro anuncio da boa nova. Esse anúncio deve ser uma práxis que continuamente a comunidade católica deve a exemplo de Cristo, e de forma permanente assumir a responsabilidade de fazê-lo. Esse anúncio deve ser querigmático, verbalizado explicitamente e com devida clareza anunciado a pessoa de Jesus Cristo e sua Missão salvadora.

Já há alguns anos venho anunciando essa necessidade, até mesmo iniciou-se um projeto diocesano no auge do PRNM – Projeto Rumo ao Novo Milênio -, mas que não foi em frente, pois, não foi assumido pelas paróquias. Aliás, esse projeto tinha uma metodologia e uma pedagogia eficiente para a formação do missionário evangelizador, porém havia necessidade de investir financeiramente em um curso que duravam 13 dias consecutivos. Também era necessário que as pessoas sentissem a necessidade de ser evangelizados para torna-se evangelizadores, isso implicaria renunciar dias da semana para evangelizar-se e formar-se. Um curso que não apresentava uma doutrina, mas uma pessoa: Jesus.

Hoje, não restam mais dúvidas, está aí vários documentos da Igreja, entre eles o Documento de Aparecida, o Doc. 88, da CNBB, e o Doc. Missão Continental, que nos interpelam para nos convertermos a uma prática eminentemente missionária, mas com uma proposta que atenda os anseios dos homens do nosso tempo. Dentre, eles aquela que nos levar a ser verdadeiros discípulos missionários: o querígma. “O primeiro anuncio, ou a evangelização querigmática é o “elemento basilar e determinante da experiência de fé, da vida e da missão da Igreja”[i] No anuncio da pessoa de Jesus como Senhor e Salvador, o Messias que veio para nos dar o seu Espírito para viver uma vida nova em comunidade, subsiste o discipulado dinâmico.

Para ser discípulo de Jesus não basta só ser batizado, não é só ter o pecado original reparado, é preciso ser novo, é preciso ter um “eu” recriado por Deus na Justiça e na verdadeira santidade. O homem novo é regenerado, isto é, gerado de novo “importa nascer de novo” (Jo 3,7b).

Para ser discípulo precisa deixar a velha natureza, pois ela não agrada a Deus, nela não há perfeição, ela é fraca demais para seguir o mestre Jesus. Quem vive a velha natureza não consegue servir a Deus, “Porventura lança uma fonte por uma mesma bica água doce e água amargosa? Acaso, meus irmãos, pode a figueira dar azeitonas ou a videira dar figos? Do mesmo modo a fonte de água salobra não pode dar água doce”. (Tg 3, 11-12).

Um homem novo, recriado a imagem de Cristo, assim como uma vida nova também não pode ser conquistado somente por um desenvolvimento natural ou esforço pessoal, mas sim pelo “encontro com Jesus”, que nos dá a sua natureza, exigência para o discipulado e entrada na vida eterna. O caminho para vida nova, para o discipulado passa necessariamente pelo anuncio querigmático, sem o qual não haverá uma Igreja Missionária. É uma pena que tenhamos perdido tempo, com coisas periféricas e esquecemos-nos do querígma e da evangelização fundamental, ficamos somente no verniz, isto é envernizamos os nossos batizados de cristãos e esquecemos que era preciso fazê-los discípulos do Senhor.

Ninguém se torna cristão somente em conseqüência de um processo de educação religiosa. Daí que muitos católicos de tradição desconhecem a essência da experiência cristã, do discipulado, porque foram só educados para uma vida religiosa. Não houve mudança interior no coração. Isso não é nenhuma crítica a Catequese religiosa, mas talvez uma advertência sobre o perigo do uso impróprio da educação religiosa, quando esta substitui a experiência cristã do encontro pessoal com o Senhor Jesus Cristo Vivo e ressuscitado. “A acolhida do querígma produz a salvação e a mudança das pessoas; foi o que aconteceu com os apóstolos, com Zaqueu, com Madalena e com muitos outros...” [ii]

O que mais precisamos agora é investir no anuncio querigmático, para que possamos nos converter numa igreja cheia do Espírito Santo, cheia de ímpeto missionário e de audácia evangelizadora (Cnf DAp nº 549), só assim, seremos como os discípulos missionários da primeira hora da Igreja. Precisamos assumir uma nova postura eclesial, para que a dimensão missionária com uma evangelização querigmática, tenha o mesmo valor que se dá a dimensão litúrgica. Precisamos pensar missão, pensar evangelização em tempo integral, se isto não acontecer, vamos continuar a editar documentos, lê-los e ficar na mesma! Preocupamo-nos muito com a posição das velas sobre o altar, mas não preocupamos com a posição do homem diante de Deus, diante da pessoa de Jesus Cristo.

Está muito certo o Doc. de Aparecida, quando diz que precisamos de uma “conversão pessoal e pastoral”, acredito piamente que será por aí a nossa saída da Sacramentalização e da Pastoral de conservação, para uma Igreja em estado permanente de missão, comprometida com o anúncio querigmático.

O que mais precisamos hoje é fazer discípulos missionários, este foi o mandato de Cristo à sua Igreja: “Ide, pois, fazer discípulos...” (Mt 28,19), mandato que se repete hoje no clamor dos bispos da America Latina e Caribe. Precisamos pensar nisso, pois o número de católicos não tem aumentado, não estamos crescendo proporcionalmente ao número de habitantes. Em vez de crescer fazendo discípulos, (Mt 28,19) estamos sendo absolvidos e limitados a um espaço menor, somos hoje 68,4% (pesquisa da FGV) da população brasileira— o menor porcentual da história (no início dos anos 80, 90% da população era católica. Não estamos conquistando as pessoas para Cristo. Segundo as estatísticas estamos perdendo fieis para outras denominações cristãs, acredito que deveríamos perguntar “porque deixamos que nossos fiéis debandem para outras denominações?” “Porque não somos capazes de reter aqueles que se encontra em nossas igrejas?”

Será que não está faltando da nossa parte o comprometer-se: “… Eis que vos digo: levantai os vossos olhos e vede os campos, porque já estão brancos para a ceifa.” (Jo 4,35). Um campo maduro para a ceifa exige do agricultor o compromisso de uma ação imediata, exige dele o desalojar-se. Repito, a evangelização é uma ordem explícita do Senhor Jesus, e não uma opção da Igreja. É um mandamento divino, e não uma recomendação humana. A evangelização dos povos, fazendo deles discípulos missionários do Senhor, só pode ser feita pela Igreja. Nenhuma outra instituição na terra pode cumprir essa tarefa. A igreja é o método de Deus para salvar almas. Se a igreja falhar – eu e você -, Deus não tem outro método. Se o pecador morrer no seu pecado por falta do anuncio do Evangelho, Deus cobrará de nós o seu sangue. A evangelização não pode esperar. Ela é impostergável.  

É Preciso que nós, enquanto discípulos do Senhor, tenhamos o senso da urgência missionária como nosso Mestre que disse. “... Meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e cumprir a sua obra” (Jo 4.34). Jesus com certeza estava com muita fome, mas, tinha algo muito mais urgente para fazer do que se alimentar. Seu propósito era dar a água da vida à mulher samaritana que estava ao redor do poço. O que precisamos nos dias de hoje ter a mesma urgência do Senhor Jesus. O que tem nos impedido de evangelizar não é tanto falta de metodologia, mas falta de paixão, de ardor missionário. Devemos tomar urgentemente as palavras do Apóstolo Paulo e fazê-la nossa: “Anunciar o Evangelho não é glória para mim; é uma obrigação que se me impõe. Ai de mim, se eu não anunciar o Evangelho!” (1Cor 9,16). Uma Igreja que não evangeliza, precisa ser evangelizada para renascer!



[i] Subsidio doutrinal nº 4 da CNBB – Anúncio querigmático e evangelização Fundamental.
[ii] Subsidio doutrinal nº 4 da CNBB – Anúncio querigmático e evangelização Fundamental, nº 32

quarta-feira, 30 de maio de 2012

ELEIÇÃO MUNICIPAL 2012, CUIDADO!!!





É ano eleitoral e as feras devoradoras e gananciosas estão soltas. Começa a corrida maluca e inescrupulosa do ego. O vale tudo da política brasileira com um único objetivo: “o poder e as benesses”. Uns vão atrás do maldito poder para realização pessoal, outros atrás de status ou a possibilidade de levar vantagens financeiras – corrupção-, outros a manutenção do feudo, isto é, legado político e assim por diante. Com isso, começa também as falsas promessas,  com objetivo eleitoreiro de por mais quatros anos enganar os “bobos da corte”.



Estamos dentro de uma grande crise de valores éticos e morais na política brasileira e em algumas instituições importantes do nosso País. Os noticiários todos os dias nos apresentam escândalos de desvios de verbas públicas, obras inacabadas, autoridades envolvidas com a criminalidade, pessoas tentando corromper e corrompendo servidores públicos, etc. E os homens e mulheres de bem, não aguentam mais assistir tanta imoralidade na administração pública, é “mensalão”, “cachoeirão” e assim por diante. Eu particularmente estou enojado do poder público, que aí está instituído em nosso País como uma verdadeira sanguessuga da sociedade brasileira. Seja ele no âmbito do executivo, legislativo ou judiciário. Esteja ele na esfera municipal, estadual ou federal, ele me enoja. Enoja qualquer cidadão de bem.


De norte a sul, leste oeste desse nosso país a corrupção fere de morte a sociedade, a economia, a política e - ao mesmo tempo – fere os valores éticos e morais sobre os quais se fundamenta uma sociedade digna. Ela está tão entranhada nos poderes (todos) que assume a condição de “normalidade” da vida política nesse País. Ela é uma chaga que está destruindo o tecido sadio da sociedade brasileira. A degradação e a ineficiência dos poderes públicos atingiram tão elevado  grau, que já não acredito mais que, se apesar de lentas, as mudanças nesse País um dia virão pela mãos de políticos.

Acredito que, não é mais tempo do povo deixar-se enganar na escolha dos seus representantes políticos, se é que, podemos chamar tais “homens” de nossos representantes. Aliás, até parece uma ofensa à população brasileira esta ideia de chamar esses “homens” que ai estão de “representantes do povo”. Eu, não sou corrupto, não corrompo e também não roubo, pois tenho procurado viver dentro da ética e da moral a honestidade pessoal, portanto, sem querer generalizar, não me vejo representado por estes “salafrários”.

Temos que ficar atento, aguçar nossa memória para a história das nossas cidades, história que é muito recente, que ainda está em nossa memória. Será que já esquecemos em “quem” votamos para vereador ou prefeito? Será que estou satisfeito com aquele homem ou mulher que ajudei eleger pelo voto? Vamos analisar criticamente essas pessoas, se foram dignas durante o seu mandato, vamos dar uma nova oportunidade, mas se foram relapsos com o mandato, se legislaram em causa própria vamos enxotá-lo do poder, afinal quem os sustenta somos nós com nossos impostos, ou você esqueceu-se disto. Você esqueceu que é patrão destes homens e mulheres. Eles assinaram um contrato de quatro anos com você, se eles foram aprovados renove o contrato, mas se não foram, mande embora.

Quero destacar que não sou contra a política e nem os políticos, pois acho a política necessária e com papel relevante para o desenvolvimento da nossa sociedade em qualquer instância, onde os debates de ideias e valores retratam todas as categorias sociais nela representada. O que não podemos confundir é corrupção com política, pois o que existe são pessoas de má índole e corruptas por natureza, que se tornam políticos e não políticos com ideais filantrópicos que se tornam corruptos.

Nesse período eleitoral, serão comuns as caravanas de candidatos às comunidades eclesiais, atrás de eleitores. Ainda que a legislação eleitoral proíba que templos religiosos sejam usados como palanques eleitorais, alguns políticos ou aspirantes ao cargo tentam “seduzir” as lideranças das comunidades eclesiais com o pretexto de “ajudar” a comunidade com doações de materiais de construção, reforma do telhado, cadeiras, aparelho de som novo e ajudas para festas, só para ter o seu nome veiculado como um representante popular da comunidade. É aí que precisamos estar atentos, pois esse pseudo “candidato” a político ou político em exercício, já começa mal a sua campanha eleitoral. Ele mostra que possui uma conduta ética e moral fundamentada na criminalidade e ilegalidade, pois dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem dinheiro, dádiva ou qualquer outra vantagem para obter ou dar voto é crime eleitoral previsto no artigo 299 da Lei n 4.737 de 1995 do Código Eleitoral.

O que alerto neste artigo não é novidade! Isso, infelizmente é realidade que permeia diversos dos nossos municípios pelo País afora.
Se de fato somos cristãos, se de fato estamos do lado da verdade, tal imoralidade e ilegalidade devem ser por nós combatidos e denunciados, pois tais “candidatos” não devem ser eleitos e muito menos reeleitos, pois se isto acontecer será o mesmo que realimentar a ciranda da corrupção. Devemos, sim, expurgá-los da política, para que a uma verdadeira representação do povo possa ser eleita de forma ética, com pessoas preparadas e vinculadas a princípios éticos e valores morais cristãos, cuja missão principal é a de servir seu município, seu povo sem apego ao dinheiro.

Deus condena a omissão dos que fecham os olhos ou fazem de conta que não vê! Diz o Provérbio:  “Se disseres: Mas, não o sabia! Aquele que pesa os corações não o verá? Aquele que vigia tua alma não o saberá? E não retribuirá a cada qual segundo seu procedimento?” (Pv. 24,11-12). Ninguém, quer seja pobre ou rico, político ou apolítico, religioso ou ateu, dirigente público, juiz ou ministro, pode usar a desculpa de ignorância para evitar a responsabilidade de ajudar o povo que está em necessidade, pois foram eleitos ou nomeados para cuidar dos interesses da sociedade, e não dos seus, usando o poder em benefício próprio. Não pense os senhores que Deus não sabe ou desconhece as situações de injustiça ou desmando em que vive o nosso País nos seus três poderes. Se os senhores não praticam a justiça, lembrem-se disso: Deus praticará! Hoje ou amanhã, pois ela poderá tardar, mas jamais falhará! Nessa justiça divina eu confio, pois ela será o único remédio contra a corrupção nos poderes, que é descaradamente hoje uma chaga aberta na sociedade brasileira!

Vamos ficar com o olhar atento para dentro das nossas comunidades eclesiais, afim de que possamos identificar e apresentar à sociedade como candidatos,  homens e mulheres, com o perfil de alguns personagens bíblico que foram importantes na condução do povo de Deus, tais como Moisés, Abraão, José do Egito, Salomão, Davi, etc... Homens preparados tecnicamente, forjados no caráter e na vivência como discípulo do Senhor, para que possam influenciar e ajudar a nossa sociedade, sob pena de sofrermos com a nossa omissão dando espaço ao continuísmo da corrupção neste momento de mudança nas administrações municipais. “Para o cristão, participar da vida política do município e do país é viver o mandamento da caridade como real serviço aos irmãos, conforme disse o Papa Paulo VI: “A política é uma maneira exigente de viver o compromisso cristão ao serviço dos outros” (Octogesima Adveniens, 46). Só assim, seremos “fermento que leveda toda a massa” (Gl 5,9). (cf.Mensagem da CNBB)

Paz e bem!
Diác. Misael da Silva Cesarino

terça-feira, 15 de maio de 2012

QUEM REINA NO SEU CORAÇÃO?



“Não vos embriagueis com vinho, que é uma fonte de devassidão, mas enchei-vos do Espírito”. (Ef. 5,18). 

Essa passagem bíblica nos coloca diante de uma necessidade, de que enquanto cristão nós devemos encher-nos do Espírito Santo. Não se trata de receber o Espírito Santo em medidas homeopáticas, em conta-gotas, mas sim embriagar-se dele. Lembremos que, se o homem tomar uma taça pequena de vinho hoje, outra amanhã e depois, não vai embebedá-lo, para que ele fique embriagado é necessário tomar muito vinho. Assim é a nossa vida cristã, não recebemos o Espírito Santo aos poucos e vamos acumulando-o. Vamos nos encher dele na medida da qualidade da nossa vida espiritual, de acordo com a nossa busca e abertura de coração. E o encher-se do Espírito Santo, não significa ficar com o poder espiritual em depósito, num cofre e trancado, mas transbordá-lo, colocá-lo a serviço da Igreja do Senhor. 

Lembremos que o poder do Espírito Santo em nossa vida nos faz meros instrumentos nas mãos de Deus, pois o poder é dele e para Ele. Ele nos usará quando e onde quiser para a glória do seu nome e a edificação do Corpo de Cristo. Se realmente quisermos viver essa plenitude do Espírito Santo, precisamos acertar nossa relação com Deus, pois o Deus do tempo apostólico é mesmo de agora, Ele não mudou e jamais mudará, Ele é fiel em sua Promessa! O fato acontecido naquele dia de Pentecostes poderá acontecer hoje, pois as mesmas responsabilidades que tinham os discípulos da primeira hora da Igreja é a que temos hoje. A responsabilidade de testemunhar Cristo como Salvação para mundo continua. (At 1,8). Ninguém, por mais bonzinho que seja conseguirá testemunhar Cristo se não for cheio do poder do Espírito Santo. 

Hoje, o que a Igreja mais precisa é de homens e mulheres repletos do Espírito Santo. Não basta ser só católico, alimentando uma ideia sacramentalista vivida num legalismo religioso e continuar a viver uma vida vazia, uma vida conformada com o mundo e suas concupiscências. Existe em nosso meio católico uma preguiça, um comodismo, um desleixo com essa busca do poder divino. Homens e mulheres do nosso tempo estão ignorando peremptoriamente este ensinamento de Paulo: “... enchei-vos do Espírito” (Ef. 5,18). E, hoje, mais que nunca precisamos viver conforme disse o Apóstolo Paulo: “... Estou pregado à cruz de Cristo. Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim...” A minha vida presente, na carne, eu a vivo na fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim”. (Gl 2,19-20), se quisermos obter este poder divino para melhor atuarmos na Igreja do Senhor. 

Lamentavelmente há um problema que tem perturbado ao homem desde o princípio da criação. E tudo começou quando o homem tomou a decisão de fazer a sua própria vontade em vez de obedecer a Palavra, ou melhor, a ordem de Deus. Estou referindo a problemática do “eu”. O Senhor Jesus nos ensina de forma clara que o requisito para o seu seguimento é negar-nos a nós mesmos: “Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.” (Mt 16,24). Ele não nos diz para privar-nos de coisas que gostaríamos de ter, ainda que pudesse incluir isso, mas fala de um jeito novo de viver que Ele requer de seus seguidores. E este é um princípio fundamental que devemos aplicar em a nossa vida cristã a todo o momento. O discípulo de Cristo deve renunciar as demandas do seu antigo EU porque este foi crucificado com Cristo. “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim...” (Gl 2,20). Assim, queiramos ou não carregamos no intimo do nosso coração um trono real e uma pesada cruz. E é comum quando nos deixamos levar pela vaidade, pelo orgulho e as concupiscências deste mundo, reinar neste trono o velho Adão – o homem velho, o homem carnal. Quando isso acontece em nossa vida, nosso Rei e Senhor: Jesus Cristo continuará pregado na cruz! Ele continuará crucificado, e nosso “eu” viverá seu reinado, ocupando o lugar real de Cristo em nossa vida. 

Amados, se quisermos viver a plenitude do Espírito precisamos entronizar em nosso coração o Cristo Senhor. Ele precisa reinar em plenitude em nossa vida. Ele precisa assumir o comando da nossa vida. A crucificação do nosso “eu” é a única forma dele viver em nós e nós permanecermos nele. “Permanecei em mim e eu permanecerei em vós” (cf.Jo15, 4..). Para fazer este caminho precisamos passar por pela “porta da humildade” que é muito baixa, e só podemos passar por ela rastejando, isto é inclinando nossa cabeça e nos despojando de tudo. Não vamos conseguir passar por essa porta que nos leva ao poder espiritual carregando tranqueiras, levando nossas bagagens de pecados, sejam eles de grande ou pequena monta. Não podemos deixar-nos levar pelas vontades do “eu”, pois, elas são carnais e pecadoras, elas são resistentes como o aço, não se deixam dobrar, muito menos se moldar à vontade soberana de Deus. Para quebrar nosso “eu” é preciso fazer como Jesus: Adiantou-se um pouco e, prostrando-se com a face por terra, assim rezou: "Meu Pai, se é possível, afasta de mim este cálice! Todavia não se faça o que eu quero, mas sim o que tu queres”. (Mt 26,39). Este é o caminho, embora seja um processo doloroso e humilhante, mas é o único caminho. Foi por este caminho que trilharam os santos e santas de Deus. Foi por este caminho de humilhação do vaidoso “eu” que eles alcançaram as glórias dos altares. 

Amados, colocar a disposição do Senhor para que seu Espírito reine em plenitude, requer viver as palavras de São Paulo: “Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim” (Gl 2,20). Jesus não poderá viver em plenamente em nós, muito menos podemos testemunhá-lo, enquanto o orgulhoso “eu” com suas vontades carnais não for esmagado e colocado na cruz. Enquanto nosso coração estiver carregado de “eu”, que se justifica, que segue seu próprio caminho, que faz sua própria vontade, que luta pelos seus direitos, que busca sua própria glória, não haverá plenitude do Espírito em nossa vida. Enquanto não reconhecermos nossos pecados e curvar-nos diante da soberana vontade de Deus, o Senhor não poderá reinar em plenitude em nossa vida. Enquanto não entregarmos o caminho do nosso “eu” ao Senhor, Deus não poderá se manifestar ao mundo por nosso intermédio. Não seremos testemunhas da ressurreição Gloriosa do Senhor. O Senhor Jesus nos ensina de forma clara que o requisito para o seu seguimento é negar-nos a nós mesmos: “Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me” (Mt 16,24). Ele não nos diz para privar-nos de coisas que gostaríamos de ter, ainda que pudesse incluir isso, mas fala de um jeito novo de viver que Ele requer de seus seguidores. E este é um princípio fundamental que devemos aplicar em a nossa vida cristã a todo o momento. O discípulo de Cristo deve renunciar as demandas do seu antigo “eu” porque este foi crucificado com Cristo. “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim..." (Gl 2,20). 

Para ser sinceros com nós mesmos, temos que reconhecer que uma das batalhas mais difíceis na nossa vida é a luta contra o “eu”, é a gente deixar que Deus tome o completo controle da nossa vida. Muitas vezes, mesmo depois de ser crucificado, o “eu” volta em cena e é necessário voltar a dar tratamento de “choque” nele. O apóstolo Paulo disse em sua carta aos coríntios, que ele morria diariamente “Cada dia, irmãos, expondo-me à morte, tão certo como vós sois a minha glória em Jesus Cristo nosso Senhor”. (1 Cor 15,31). Aqui está um belo ensinamento, para tratar algo com o qual temos que conviver continuamente, pois disto depende, em grande parte, que consigamos encher-nos do Espírito Santo. Nunca esquecendo que o “eu” é um militante ferrenho, que constantemente trava suas lutas contra o Senhor Jesus, para que Ele não ocupe o trono do nosso coração. 

Para que o Senhor Jesus seja tudo em nós, e possamos ser usados por Ele poderosamente em nossos trabalhos eclesiais, e Ele viva plenamente em nós, precisamos colocar o “eu” na cruz e morrer, como fez São Paulo ao dizer: Cada dia, irmãos, expondo-me à morte, tão certo como vós sois a minha glória em Jesus Cristo nosso Senhor. (1Cor 15,31) Assim também devemos: “Trazemos sempre em nosso corpo os traços da morte de Jesus para que também a vida de Jesus se manifeste em nosso corpo”. (2 Cor 4,10). E seremos cheios do Espírito Santo de Deus, num coração novo para conhecê-lo, com uma nova língua para louva-lo, bendizê-lo e testemunhar o seu nome diante do mundo. 

Paz e Bem! 

Diác. Misael da Silva Cesarino

sábado, 28 de abril de 2012

AGRADECIMENTO AOS SEGUIDORES E LEITORES.



Esta edição do REFLETINDO, é na verdade um agradecimento primeiramente a Deus, depois a vocês meus irmãos e irmãs que tem honrado este BLOG com sua visita perseverante. Temos recebido mais de TRÊS MIL VISITAS, entre elas irmãos e irmãs dos USA, Rússia, Colômbia, Alemanha, Reino Unido, Itália, Letônia, Argentina, Canadá e dos nossos irmãos do Brasil. Isso tem me motivado a uma constante necessidade de buscar encher-me das coisas de Deus.

Isso me faz sentir na obrigação de enquanto ministro ordenado, aproveitar este meio de comunicação para por em prática a missão de anunciar profeticamente a Palavra de Deus de forma salvífica. Tornar o Reino de Deus mais presente no mundo, isto é, manifestar a soberania salvífica de Deus, tendo em vista que a Sagrada Escritura mostra que cada um de nós, membro do corpo de Cristo temos uma missão importante na edificação dos outros irmãos (Efésios 4,11-16). Sinto que Deus me tem dado o privilégio, mas ao mesmo tempo a responsabilidade de espalhar o evangelho de Cristo. O Novo Testamento deixa claro que esta era a máxima prioridade na vida do Senhor Jesus e de seus seguidores. E se sou verdadeiramente seu discípulo e ministro, essa será também minha prioridade. Acredito que devo partilhar da atitude expressada pelo Apóstolo Paulo que  diz: “Com efeito, não me envergonho do Evangelho, pois ele é uma força vinda de Deus para a salvação de todo o que crê...” (Rom 1,16).

Sei que é árdua a missão de ensinar toda a verdade, mas preciso aceitar essa responsabilidade de ensinar a verdade da palavra de Deus em todas as circunstâncias. Ainda que fale do espiritual, do social, da política, devo anunciar a verdade profeticamente. Enquanto ministro da Igreja do Senhor preciso da mesma convicção do Apostolo Paulo quando encorajou Timóteo, dizendo: " prega a palavra, insiste oportuna e importunamente, repreende, ameaça, exorta com toda paciência e empenho de instruir" (2Tm 4,2). Pois se eu evitar abordar assuntos que caminham na contra mãos da palavra de Deus porque poderiam ser impopulares ou difíceis das pessoas aceitarem não estaria cumprindo a minha missão. Tenho a sã consciência que devo ser desafiados pela Palavra de Deus, com foi a Igreja de Esmirna: “Se fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida” (Ap 2,10). Desejo que essa minha fidelidade se expresse nas pequenas coisas que faço e escrevo que acabam sendo basicamente minha atitude de obediência a Deus, carinho pela Igreja, carinho e cuidado pelo povo, e a vivência da minha vocação ao serviço do Reino de Deus.

Sou agradecido a Deus e a você, pela oportunidade de servir a Deus, com estas modestas linhas escritas neste meio de comunicação.  Estarei orando todos os dias por você que dedica seu tempo em vir até este BLOG e ler nossa mensagem. Deus lhe derrame bênçãos que dure para eternidade!


Paz e bem!

Diác. Misael da Silva Cesarino


sábado, 7 de abril de 2012

O CALVÁRIO E O PENTECOSTES!


Hoje quero falar do poder de Deus na vida do cristão e da submissão incondicional a Ele. Não sei se o irmão (a) leitor (a) já percebeu, que nós cristãos vivemos entre o Calvário e o Pentecostes. Explico: Calvário é o sangue precioso do Senhor que nos purifica e o Pentecostes é o poder do Espírito Santo que nos reveste para viver a dignidade de filhos e filhas de Deus. Essa é a nossa vida, ou pelo menos deveria ser! Pois, é isso o que Deus quer de cada um de nós. Não é mesmo?

Deus nos quer homens e mulheres purificados e cheios do poder do Espírito. Ele nos quer como taça transbordante de poder. (cf. Sl 22,4). Ele nos quer assim, para nos usar em nossa caminhada cristã como um vaso de bênção na vida do próximo. Mas, para que isso aconteça, é preciso que deixemos tudo aquilo que nos oprime, tudo o que nos afasta do Senhor, tudo aquilo que tem arruinado nossa vida espiritual.

O Senhor nos quer na sua presença, na mesma situação de arrependimento, que teve o filho pródigo, quando voltou à casa do pai, ele sabia que ali havia fartura de bens, ali havia um rio de bênçãos, de graça, de poder, de felicidade. Deus nos quer fartar dos seus bens celestiais. Ele não que nos ver fartando das bolotas (comida) que o mundo oferece. Ele não nos quer bebendo em cisterna rotas (Jr 2,13), que o mundo oferece, pois esta nunca matará nossa sede. Deus nos quer junto do seu celeiro de provisões, junto do manancial do seu amor infinito, numa vida útil, abençoada e poderosa.

Quantas vezes olhamos para nós e percebemos que, tem sido difícil nossa ascensão espiritual diante do Senhor. Isso acontece porque vivemos uma vida corrida, vivemos atormentados e atormentando outros com nossas necessidades de ter posses (casa, carro, dinheiro e os bens de consumo do mundo moderno) e não paramos para ouvir o Senhor. O Senhor fala, mas não ouvimos e com isso nosso coração sente falta da Palavra do Senhor. A vontade do Senhor é que sejamos prontos em ouvi-lo como foi Samuel ao dizer: “... vosso servo escuta!” (1Sm 3,10). Se analisarmos este texto perceberemos a submissão plena de Samuel a Deus, embora sendo ainda um menino. Ele ao ouvir a voz do Senhor, submeteu-se inteiramente à sua vontade soberana. Ele havia apreendido com Heli, de como deveria colocar-se diante do Senhor para ouvi-lo. Essa atitude permitiu que o menino crescesse, e fosse reconhecido por todos como um profeta, pois o Senhor estava com ele.

Com Samuel aprendemos a necessidade de ter um coração disposto e pronto para ouvir a voz do Senhor. É isso muitas vezes que falta em nossa vida cristã. Enquanto não houver da nossa parte submissão e prontidão para ouvir o Senhor, pouco ou nada Deus poderá fazer em nossa vida cristã ou ministério eclesial. Precisamos nos atrever como a mãe de Jesus, Maria Santíssima, quando diz: “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra”(Lc 1,38). Ela coloca-se aqui numa situação de submissão incondicional a Deus, ela não se importa com as circunstancias da condição de moça solteira, noiva, que aparece grávida e que para aquela sociedade machista da época era humilhante e infame. Essa atitude poderia custar-lhe a morte por apedrejamento, bem como a desonra para a família e para o seu noivo José. Mas, ela assume o risco da condenação da opinião pública, para fazer a vontade do seu soberano Senhor. É desta submissão exemplar da Mãe de Jesus, que precisamos hoje em nossas vidas, para servir o Senhor poderosamente.

Acredito que você estará perguntando, mas como fazer isso? Lembre-se que o apostolo Paulo, também fez essa pergunta: “Senhor, que queres que eu faça?” (At 9,6), lembre-se que este cidadão era um fariseu orgulhoso e prepotente, mas que se viu no meio do pó aos pés do Senhor Jesus, lá no caminho de Damasco. Ali jogado no chão, aos pés do Senhor ele expressa sua vontade, sua disposição em deixar o seu coração submisso ao Senhor Jesus. Ele deixa de ser ele, não há mais vontade nele “Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim” (Gl 2,20). Ele agora coloca a sua vida nas mãos do Cristo ressurreto. Submete-se inteiramente a Ele, e sua vida passou a ser poderosa em ação e uma bênção na edificação do Reino de Deus.

Que o Calvário e o Pentecostes seja uma realidade constante em nossa vida. E assim seremos poderosos em ações e uma bênção na edificação do Reino de Deus. Creia nisso!
Paz e bem!
Diac. Misael da Silva Cesarino

sexta-feira, 30 de março de 2012

CORRUPÇÃO TEM JEITO SIM...CONVERSÃO!


Hoje quero falar da corrupção e da conversão. Sabemos que a corrupção existe desde que o “mundo é mundo, e que o Brasil foi colonizado por Portugal”, aqui não há nenhuma ofensa aos meus irmãos portugueses, mas sim ao sistema colonizador. A corrupção está infiltrada no tecido da sociedade, nos bancos, nas lojas, nas empresas, enfim, ela é a grande vilã da história de miséria do nosso e de muito outros Países. Nesses últimos dias temos visto que a mídia escrita, falada e televisada está cada vez mais denunciando atos corruptos de deputados, prefeitos e as famosas primeiras damas, senadores, juízes, policiais, funcionários e gestores de repartições públicas. Tem mostrando também que, a sociedade esta buscando leis para coibir essa “pouca vergonha nacional”, mas a meu ver o problema é muito mais do que falta lei e de aplicações de leis penais nessa bandidagem.


Infelizmente, vivemos num país que não existe uma justiça séria, principalmente quando se trata de “políticos sujos” ela fica em “cima do muro”, é claro que no Brasil existem sim pessoas honestas, mas há também um número muito maior de pessoas sem ética, sem moral, sem escrúpulo e sem respeito pelo semelhante, que pensa só em si mesma. A honestidade hoje em dia, aqui neste País abandonado ao léu, está cada vez mais extinta pelos corruptos de plantão deste Brasil cruel. Mas, nós homens e mulheres de bem não podemos desistir, temos que alcançar nossos valores humanos, temos que ter ética sobre o próximo, pois agora está chegando ai uma nova geração, e nós os mais velhos temos a missão de fazer com que seus filhos e netos virem críticos e revolucionários do bem para melhoria da vida desse país.


O problema da ética foi e sempre será a eterna batalha entre o “bem e o mal”, o “certo e o errado”.  Não existe em lugar algum do nosso planeta, povo ou lugar que não tenha noções de bem e mal, de certo e errado. Desde povo da Antiga Aliança, passando pela Grécia Antiga até aos nossos dias, a ética é um conceito que sempre esteve presente em todas as sociedades. Para elucidar a minha reflexão, a palavra Ética (do grego ethos, significa modo de ser, caráter, comportamento) é o ramo da filosofia que busca estudar e indicar o melhor modo de viver no cotidiano e na sociedade. É importante ter em conta que a ética diferencia-se da moral, pois a moral se fundamenta na obediência a normas, tabus, costumes ou mandamentos culturais, hierárquicos ou religiosos recebidos, pois a ética, ao contrário, busca fundamentar o bom modo de viver pelo pensamento humano.


Existe um pensamento que a ética social neste país só sobreviverá se for vivida por todos, isto é verdadeiro, também que só teremos uma sociedade melhor, mais justa, fraterna e igual quando for praticado o princípio básico da ética social: onde o bem é para si e para toda sociedade, também isso é uma pura verdade!. Mas, meus caros irmãos e irmãs, toda essa mudança passa por uma palavra também grega, chamada “metanóia” que significa “conversão” do homem. Só teremos uma sociedade moralmente e eticamente correta, com caráter transformado, quando houver uma transformação do interior, da alma do homem. Não adianta nada a pessoa mudar exteriormente sem ter mudado interiormente! Muitos acham até que ninguém muda o caráter... Pois nós cristãos católicos conhecemos um Deus que Muda...! Disso somos testemunhas.


Queridos, nosso Deus nos criou a Sua Imagem e Semelhança, mas infelizmente com a entrada do pecado no mundo, essa Imagem foi “desfigurada, deturpada, desviada”. Só Deus é quem pode restaurar essa Imagem d'Ele em cada um de nós, pois Ele sabe como nos fez, Ele nos conhece, Ele nos projetou... Portanto, não adianta a gente ficar esperando que as mudanças caiam do céu ou venha dos outros. Religião vivida e praticada aliada a Cidadania é tudo! Estas podem pela graça de Deus mudar o coração, a alma, o caráter do homem.


Quero trazer para exemplificar nossa reflexão um personagem bíblico fantástico, seu nome Zaqueu (Lc 19,1-9) esse homem encontrou sua transformação quando quis mudar de vida, quando decidiu através da prática religiosa encontrar Jesus Cristo. Este encontro trouxe a ele conseqüências bem concretas, envolveu a vida dele no seu todo, envolveu o todo da sua pessoa. Esse homem corrupto, ladrão, sem moral e princípios éticos, confessa os seus próprios pecados, e assume com Deus o compromisso de reordenar a sua conduta ética e moral, e o mais importante viver uma vida em comunhão com Deus.  Meus queridos, o mal ético e moral de Zaqueu foi vencido pelo bem de Jesus; o pecado de Zaqueu foi vencido pela Misericórdia de Deus. Zaqueu deu a partir dali inicio na sua caminhada de conversão. A partir do momento em que a luz da Palavra de Jesus penetrou na consciência de Zaqueu, afastou dele as trevas da corrupção. Possivelmente ele não deixou sua atividade pública, continuou cobrador do fisco, só que agora um homem eticamente e moralmente correto.

Amados, sabemos que todas as pessoas que tem um encontro com o Senhor Jesus pela fé, nunca mais será a mesma. Foi o que aconteceu com Zaqueu... “entretanto, de pé diante do Senhor, disse-lhe: Senhor, vou dar a metade dos meus bens aos pobres e, se tiver defraudado alguém, restituirei o quádruplo". Jamais Zaqueu poderia ter tomado esta decisão de não fosse pelo seu encontro com o Senhor. Naquele encontro com Jesus, Zaqueu encontrou a solução que estava procurando! Ser ético e moral. Agora a riqueza e as posses haviam deixado de ser o mais importante.


Portanto, corrupção tem jeito sim, seu remédio é a conversão, desde que Deus deixe de ser um “slogan” na fala dos homens, mas que seja uma pessoa real, concreta que age e move o homem na direção do bem comum. A conversão não é só para os outros, ela começa comigo e com você! Vamos mudar?
Paz e bem!
Diác. Misael da Silva Cesarino