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terça-feira, 20 de setembro de 2011

COM ELE TODOS TEM VEZ...

Refletindo... Hoje, nos leva mostrar a misericórdia infinita de Deus em nosso favor.  Os evangelhos nos narram que no tempo do Jesus histórico, havia um grupo de pessoas que eram taxadas pelos religiosos da época como pecadoras. Nessa relação de pessoas pecadoras estavam os que tinham profissões pecaminosas ou impuras, como as prostitutas, os jogadores, os cobradores de impostos, pastores etc. Também eram considerados pecadores aqueles que não podiam pagar o dízimo, os que não guardavam o repouso do sábado, os que não purificavam as mãos.
Mas, Jesus disse que veio para que todos tenham vida, inclusive os pecadores. Tanto que Jesus vai ao encontro deles, recebe-os de forma afetuosa, perdoando-lhes os pecados dando-lhes a oportunidade de reintegração a comunidade. A grande missão do Senhor Jesus foi buscar e salvar o que está perdido, por isso deu prioridade aos pecadores. Ele procurou gastar grande parte do seu precioso tempo recuperando aqueles que a sociedade da sua época considerava marginalizados. Isso não entrava na cabeça daqueles que se julgavam justas, salvas e acusavam os outros de pecadores e condenados. Aqueles que achavam que por participarem de uma elite religiosa já tinham méritos diante de Deus. Esses até criticavam Jesus por conviver com gente de má fama, mas Jesus os repreende. ( Lc 7,34 ).
Para Jesus não existem pessoas salvas por direito adquiridos, privilégios ou tradições. Para Jesus todos nós: diáconos, padres, bispos e leigos, temos que esforçar e se converter para entrar pela porta estreita. (Lc 13,24) Encontramos também hoje pessoas ditas “bons religiosos” que querem marginalizar os pecadores. Tem gente que fica chocado quando na Igreja através das pastorais nós acolhemos essas pessoas e mantemos contato com elas. Já ouvi essa fala de alguns puritanos: “isso é um absurdo os amasiados estão trabalhando na igreja”. Esse tipo de cristão e também de comunidades cristãs, se acostumaram a se fechar em si mesmas. Talvez nem tanto por culpas suas, mas por um modelo de pastoral ou de instituição, que sempre estiveram orientados para os de dentro, os já “convertidos”.
A igreja, e aqui incluiu todos (pastorais, ministérios, comunidades, etc) fomos enviados, principalmente, aos renegados, aos ímpios, aos pecadores, aos não praticantes, aos afastados. Devemos ser discípulos missionários do Senhor, devemos deixar as noventa e nove ovelhas e ir buscar a ovelha perdida. (Mt 18,12) Alias, vivemos num tempo tão difícil que temos noventa e nove perdida e uma ovelha fiel, mas isso, só reforça a necessidade de ir em busca das que se perderam.
Como cristão, seja você católico ou outra denominação cristã, somos continuadores do perdão e do amor do Senhor Jesus no mundo. Não devemos somente amar, mas é necessário que o nosso irmão sinta-se amado por nós. Amor esse que se traduza em acolhimento, respeito, atenção e libertação, e isso, do jeito que o nosso irmão é. Precisamos ajudá-lo a crescer, mas sempre respeitando seu modo de ser, do jeito como Deus faz com cada um de nós. É possível que vivendo o amor e o perdão em nossas comunidades, teremos experiências vivas de fraternidade e de ambientes acolhedores onde os de fora e os de dentro gostarão de permanecer.
Precisamos ficar atentos, pois não estamos livres do costume de julgar os outros e de nos acharmos os preferidos de Deus. Muitas vezes somos tentados a nos achar melhores do que os outros, e que, os outros é que precisam converter-se. Podemos até pensar que nós os “profissionais da religião” somos superiores aos demais, e já estamos convertidos... Cuidado isso é puro engano! Com Jesus todos tem vez... É bom ficar refletindo...

Diác. Misael