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terça-feira, 18 de dezembro de 2012

DIMENSÃO MISSIONÁRIA DA IGREJA DO SENHOR


A missão fundamental da Igreja delegada pelo Senhor é voltar o seu olhar aos homens e mulheres de todos os tempos e orientá-los para uma consciência e uma experiência do mistério da Pessoa: Jesus Cristo. Esta missão da Igreja nasce da sua fé na pessoa de Jesus Cristo, pois somente na fé vivida e provada se fundamenta e compreende-se a missão da Igreja.

São João no Capitulo 14, 6 diz: “ninguém vai ao Pai senão por mim”, aqui temos uma afirmação clara de que o Senhor Jesus é o único salvador dos homens, o único capaz de nos revelar e conduzir até Deus. Em suma, a Salvação só poderá vir ao homem por Jesus Cristo. E essa Salvação trazida por Cristo é universal, é para todos, portanto não poderá jamais ficar trancada entre as paredes dos nossos templos. Compete a Igreja por sua natureza missionária jamais deixar de proclamar o Evangelho, pois, ela sabe que os homens só poderão entrar em comunhão com Deus, através do anúncio explicito do evangelho sob a ação do Espírito Santo.

Urge em nossos dias, uma atividade missionária derivada dessa novidade de vida trazida por Cristo e vivida pelos apóstolos: A Salvação. Não podemos negar que a primeira beneficiaria dessa novidade de vida é a própria Igreja, pois “ela foi por Cristo adquirida com o seu sangue” (cf. At 20,28) e fez dela sua cooperadora imediata na grande obra de Salvação da humanidade.O próprio Senhor vive nela e nela realiza o seu crescimento, cumprindo sua missão através dela.

Deus infinito em misericórdia constituiu o Senhor Jesus Cristo como o único mediador, isso é professado pela Igreja, que recebeu do Senhor a incumbência de ser no mundo instrumento universal de salvação. Pois, a salvação enquanto dom do Espírito exige a nossa colaboração para salvar a nós mesmos, assim como aos outros. Por isso,

Deus quis estabelecer e comprometer a Igreja com o Plano da Salvação. Esta Igreja estabelecida por Cristo como comunhão de vida, amor e verdade serve nas mãos do Senhor, de instrumento universal de Salvação e é enviada ao mundo todo, como luz e sal da terra.

Essa nossa fé recebida do Senhor como dom do alto, sem mérito nenhum da nossa parte; temos que testemunhá-la, como fizeram os primeiros cristãos mártires, dando a nossa vida por ela. Temos que estar convencidos pela fé, que cada homem e cada mulher do nosso tempo necessitam do Senhor Jesus, como seu Senhor, seu Messias, seu Salvador. Como aquele que morrendo ressuscitou, subiu ao céu e da sua glória nos dá o seu Espírito Santo para vivermos como irmão e filhos de Deus.

Temos que proclamar que Jesus veio a este mundo revelar a face misericordiosa de Deus e nos merecer pela cruz e ressurreição a Salvação Eterna. Proclamar que só Nele e por Ele é que o homem é liberto de toda alienação que o mundo oferece. Proclamar que só Nele o homem liberta-se do poder da escravidão do pecado e da morte.

Se realmente Cristo tornou-se verdadeiramente a nossa paz (Ef 2,14); e o amor de Cristo nos impele (2 Cor 5,14) e dá sentido a nossa vida cristã; não podemos ficar passivos ante a necessidade dos homens em salvar-se, mas, antes colocarmo-nos em estado permanente de missão. Pois a missão é uma conseqüência da nossa fé, ela é a medida exata da nossa fé no Senhor Jesus e no seu amor por nós.

A Igreja do Senhor, isto é, cada um de nós batizados pelo nosso discipulado missionário, não podemos esconder nem guardar para si mesmo, essa riqueza da fé recebida da bondade divina, mas, precisamos comunicá-la a todos os homens. Jamais podemos esquecer que a missão da Igreja, além de ser um mandato do Senhor, deriva ainda de uma profunda exigência da vida de Deus em nós. Pois, incorporados a Igreja devemos sentir privilegiados, e, por isso mesmo, mais comprometido a testemunhar a Fe é a vida cristã como serviço prestado aos irmãos afastados.

Para colocar em prática a dimensão missionária, a Igreja conta com uma garantia dada pelo Senhor, de que, nesta tarefa, ela não ficará sozinha, mais receberá a força e os meios para realizar sua missão, isto é, a presença e a força do Espírito Santo e ainda a assistência de Jesus (Mc 16,20).

A nossa missão é proclamar o querígma; “anunciar o Evangelho” (Mc 16,15) da Salvação, com o objetivo de levar o ouvinte a repetir a confissão de Pedro “Tu és o Cristo” (Mc 8,29), ou ainda dizer como o centurião romano diante de Jesus morto na cruz: “verdadeiramente este era o filho de Deus” (Mc 15,39).

Portanto, para levar ao termo a sua dimensão missionária, a Igreja não deve basear na sua capacidade humana, mas na força do Cristo ressuscitado que diz: “eu estarei convosco todos os dias, até ao fim do mundo” (Mt 28, 20).

Paz e bem!
Diác. Misael da Silva Cesarino
Diácono Cooperador Paroquial

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