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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

VIDA CHEIA DO ESPÍRITO SANTO


Quando a Igreja nos convida a sermos discípulos e missionários de Jesus Cristo, no âmago deste convite está o nosso encontro com uma pessoa: Jesus Cristo. Esse encontro só é possível quando o buscamos e nos conformamos a Ele, por uma vida de filhos de Deus. Essa conformação se dá pela nossa filiação divina, acontecida no batismo, por ela recebemos o Espírito de Filhos de Deus, isto é o Espírito de Cristo, o Espírito Santo. Ora, ter o Espírito de Cristo é comum a todos os batizados, porém para viver um dinamismo apostólico, ou melhor, para viver um discipulado dinâmico, evangelizador é preciso viver uma vida cheia do Espírito Santo.
Ser cheio do Espírito Santo, ou batizado no Espírito Santo é um ensinamento bíblico, de um grandíssimo valor e máxima importância para a Igreja, não podemos negá-lo, simplesmente porque alguns não aceitam e não procuram praticá-lo. Se, está na Bíblia Sagrada, devemos acolher com solicitude cristã.
Se muitas vezes vivemos um cristianismo sem vida, apático, da mesmice, num devocionalismo inconseqüente, um batismo sem comprometimento eclesial, onde se pratica a fé somente por legalismo religioso, é porque está faltando poder espiritual em nossa vida. Esta faltando uma vida Cheia do poder do Espírito Santo. Estamos vendo e vivendo nos dias de hoje uma dicotomia entre a fé e a vida. Estamos convivendo com dois tipos de batizados em nossas comunidades: o carnal e o espiritual.
Não é difícil diferenciar o católico que tem o Espírito Santo (o carnal), do católico que tem e vive uma vida cheia do Espírito Santo ( o espiritual). Ambos foram batizados, ambos receberam o Espírito, porém, que diferencia um do outro, é que, o primeiro é batizado, recebeu o Espírito Santo, mas vive sob os desejos da carne, ele é “o homem carnal”. Ele possui o Espírito Santo, mas o Espírito não o possui, pois ele não dá liberdade para o Espírito Santo que está no seu coração agir e orientar a sua vida. Ele vive das coisas mundanas, anda nas cobiças da carne, satisfazendo suas paixões. Ele semeia na carne e da carne há de colher. Mas o segundo, ele vive segundo o Espírito, ele é “o homem espiritual”. Ele busca no cotidiano a encher-se do poder de Deus, permitindo que o Espírito tenha espaço na sua vida, deixando ser possuído pelo Ele. Ele vive, anda, submete, semeia no Espírito e do Espírito ceifará. É essa possessão que nos chamamos de batismo do Espírito Santo. Isto é verdadeiramente o poder do Espírito Santo agindo na vida do batizado, tornando-o discípulo missionário de Cristo, capaz de testemunhar a salvação que o Senhor nos conquistou.
Olhando a Bíblia no AT, encontramos dois profetas do Senhor referindo-se ao batismo do Espírito Santo: o primeiro dele foi Isaias (44, 3-4), que diz:
• “Porque derramarei água sobre o solo sequioso, fá-la-ei correr sobre a terra árida, derramarei meu espírito sobre tua posteridade, e minha bênção sobre teus rebentos. Crescerão como a vegetação irrigada, como os álamos à beira dos arroios”.
O outro profeta é Joel, que nos fala no Capitulo (2, 28-30) o seguinte:
• “Depois disso, acontecerá que derramarei o meu Espírito sobre todo ser vivo: vossos filhos e vossas filhas profetizarão; vossos anciãos terão sonhos, e vossos jovens terão visões. Naqueles dias, derramarei também o meu Espírito sobre os escravos e as escravas”.
Quando olhamos o livro dos Atos dos Apóstolos no capitulo. 2,1-41, vemos como foi eficaz a pregação dos apóstolos depois do batismo no Espírito Santo em pentecostes, a partir deste dia houve eficácia na ação evangelizadora deles. Essa experiência do Pentecostes da Igreja primitiva nos indica um itinerário paradigmático que deve ser seguido por qualquer batizado que se fez discípulo missionário de Jesus Cristo. O próprio Apóstolo Pedro quando toma a palavra (At 2,14) afirma citando (Jl 3,1-5) que o Pentecostes ali acontecido era o cumprimento da Promessa escatológica do Espírito Santo (At 2,15-21). E após esse derramamento abundante do Espírito Santo, ele, Pedro, passa a anunciar com poder o “Querígma” (At 2, 22-36) sobre Jesus “Messias e “Senhor” como aquele que dá sem medida o Espírito Santo.

O Espírito que habita no batizado, que se fez discípulo missionário, quer a sua colaboração para poder irradiar o Evangelho de Jesus Cristo, e Ele só realiza isso por meio de homens cheios do Espírito Santo – homens espirituais. A evangelização do mundo requer do batizado disponibilidade a ação do Espírito Santo, isso só se cumprirá na vida do batizado, sempre que ele se esvaziar do seu “eu” com todos os seus inumeráveis periféricos, e dar lugar a Cristo em seu coração. Se assim proceder, o Espírito Santo o possuirá, e logicamente será um discípulo missionário de Cristo cheio do Espírito, conforme lemos em Atos. Se quisermos viver nosso batismo como discípulos missionários, na plenitude do poder do Espírito Santo, precisamos acertar nosso relacionamento de filhos, com nosso Deus e Pai.

Lembremos que o Deus dos dias da Igreja primitiva, o Deus dos Apóstolos é o mesmo dos dias de hoje, Ele não mudou e jamais há de mudar, portanto o que aconteceu naqueles dias poderá acontecer hoje, e a responsabilidade que eles tinham no anúncio do Evangelho, nós também temos hoje. Portanto, desperta ó tu que dorme! Acordemos para a significação da plenitude dos tempos, que tem seu objetivo tão real como na época de Jesus. Apropriemo-nos dos recursos providenciados, não somente os da tecnologia avançada, os materiais, mas também os espirituais: O poder do Espírito, sem o qual o resto significa nada. Se o Projeto de Salvação para o homem encontrar a cooperação humana - dos discípulos de Cristo – conseguiremos Evangelizar nosso povo católico para o Senhor Jesus.
Paz e Bem
Diác. Misael da Silva Cesarino

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