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terça-feira, 26 de junho de 2012

GRUPELHOS MEGALOMANÍACOS MIDIÁTICOS


Nunca pensei em escrever sobre esse assunto, mas em vista do que tenho presenciado nos canais  abertos de televisão, não me resta alternativa, senão fazê-lo. E o que passo a escrever contraria-me muito, por meus princípios ecumênicos. Enfatizo também, que as minhas observações reprobatória aqui expostas, não se aplica as igrejas cristãs que são sérias por tradição, que detestam como nós cristãos católicos a mentira e procuram revestir-se da sinceridade evangélica. Tenho certeza que tais cristãos estão em suas comunidades eclesiais, vivendo da tranquilidade da sua fé. Portando, não caberia a mim, importuná-los com meus escritos, pois com certeza praticam a fé cristã com reta intenção.

Meu desabafo e a minha profunda indignação, está dirigida para esses grupelhos de pseudocrístãos que são verdadeiros contra testemunhos para o cristianismo. Esses que diariamente, usando os meios de comunicação televisado ou radiofônico praticam de forma desavergonhada o estelionato religioso. Para estes grupelhos ou tipo de seitas oportunistas os fins justificam os meios, tanto que eles são anti-ecumenicos e proseletistas.

Hoje, o que mais vemos é o nascimento destes grupelhos, eles pululam por todos os cantos do País, com tentáculos em países da África e América do Norte. Eles parecem com as bactérias multicelulares, seres de tamanho tão insignificante, mas que conseguem multiplicar-se rapidamente e interferir de forma decisiva na vida humana. Os mais sublimes objetivos destes grupelhos unicelulares são: criar uma comunidade cujo numero de adeptos sejam suficientemente grande para o pagamento do dízimo, que por certo garantirá a sustentação econômica dos seus fundadores e suas megalomanias midiáticas.  Esses grupelhos, muito bem comandadas por seus dirigentes para atingir seus objetivos não têm escrúpulos, nem se poupam em forjar falsos milagres, muito menos as falsas curas provindas de puro sugestionamento.

Esses grupelhos, que podemos chamá-los também de seitas, conseguem convencer o povão incauto de que Jesus é um “bom pagador”, pois, irá pagar todas as suas dívidas, que Ele é um grande curandeiro, pois irá curar qualquer doença, que ele é um grande empresário, pois tem sempre altos empregos reservados para aqueles que são seus amigos, que os membros da seita vão todos prosperar em riquezas, que Jesus é um grande exorcista, pois espanta de forma espetacular qualquer satanás. Mas, tudo isso tem um preço: o indivíduo tem que batizar nessa seita e contribuir seu “generoso” dízimo, se isso for seguido à risca, mais dinheiro no bolso e mais milagres vão acontecer. Tudo engodo, pois num universo de cem curas, oitenta delas seria seguramente desmascarada por qualquer psicólogo ou investigador de policia como pura sugestão ou estelionato.

As grandes vítimas preferidas desses grupelhos (seitas) inescrupulosos, que se auto-intitulam “missionários”, “bispos (as)”, “apóstolos” e outros adjetivos, são nosso povo católico, isso porque somos ingênuos e acreditamos na sinceridade dos outros. Isso está também vinculado à fragilidade da fé dos nossos católicos genéticos, pois quando recebem em suas residências uma ou duas visitas destes proselitistas, profetas da confusão e discórdia, começam a tirar das paredes seus crucifixos e imagens. Atentemos para o que diz São João, sobre esses indivíduos: "Não os recebais em vossas casas, nem os cumprimenteis" (2º Jo 10). Com esse ensinamento ele quer orientar também os batizados do nosso tempo a não conversar com esses profetas da desunião entre os cristãos.

Assim, repudio veementemente toda e qualquer artimanha dita cristã, que em nada lembra o amor altruísta do Senhor em favor da nossa Salvação. Enoja-me esses mercenários da fé que usa e abusa de técnicas de marketing para manipular a ignorância e a ingenuidade de um povo, que já não bastasse ser massacrado socialmente por um sistema político que gera pobreza e miséria. Registro minha indignação para com esses manipuladores da Palavra de Deus, que a coloca a serviço dos interesses gananciosos dos seus púlpitos midiáticos. Repudio os arautos da tal “teologia da prosperidade” que se mostra eficaz, mas somente ao bolso dos seus pregadores, que fazem de suas igrejas um negócio rentável, chegando mesmo a ver a outra “seita” como sua forte concorrente. Bem, fiquemos firmes em nossa fé cristã católica e deixemos que no tempo certo Deus há de pedir que cada um preste contas de seus atos. 


Paz e bem!
Diác. Misael da Silva Cesarino