Postagens populares

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Natal, dia do Senhor ou do Papai Noel?

Estamos aproximando da festa do Natal do Senhor. É óbvio dizer que natal quer dizer nascimento. A festa do Natal, na liturgia católica e de algumas tradições cristã, é a memória que se faz, celebrando o dia do nascimento de Jesus Cristo, numa gruta nas proximidades de Belém, na Judéia, “porque não havia lugar para eles na hospedaria” (Lc 2,7b).
No dia 25 de março, nove meses antes desse dia comemorativo, Igreja celebra a festa da Anunciação do anjo Gabriel à Virgem Maria, quando lhe disse: “Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-se-á Filho do Altíssimo,” (Lc 1, 31-32). Depois do diálogo com o anjo, a Virgem aceitou a sagrada missão e disse: “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1, 38). Com o “sim” de Maria às palavras de Gabriel, “o Verbo se fez carne e habitou entre nós“ (Jo 1, 14).
Diz as Escrituras que “completaram-se os dias de seu parto e ela deu à luz seu filho primogênito” (Lc 2, 6). Nesse momento celebrou-se o primeiro Natal, sem fausto, sem luxo, sem sinos, sem o famoso “noite feliz”; só existia ali a  carência de tudo, na manjedoura de animais, ao som das vozes gloriosas do primeiro hino natalino da “multidão do exército celestial” (Lc 2, 13), sob a batuta do anjo (em grego, angelos = mensageiro) entoavam: “Glória a Deus no mais alto dos céus e na terra paz aos homens, objetos da benevolência (divina)” (Lc 2,14). Vemos a singeleza na narrativa bíblica dessa grande data do cristianismo, por parte do evangelista São Lucas, a começar pela da Encarnação do Verbo, em Nazaré e do o nascimento do divino Menino, em Belém.
Meus queridos, o Natal que a humanidade comemora nos dias de hoje tem muito pouco a ver com o nascimento de Jesus. Basta olharmos a parafernália dos dias que precedem a celebração do Natal: “pompa, luzes mil, pinheirinhos, sinos, “autos de natal”, ceias com peru, presentes, roupas novas, congraçamento de amigos e parentes, “papais noéis” barbudos com bastão e sacolas de presentes, renas, trenós, sapatos na janela... etc. Para muitos, Natal é um dia especial em que viajam para rever parentes e amigos. Para outros, Natal é promover festas, é uma oportunidade para se deixar extravasar os desejos da carne. Para uma criança, é uma data desejada e esperada com muita ansiedade para se ganhar presentes.
Do jeito como a coisa vai acontecendo, não seria de se estranhar se um dia algum político anticristão, vier a propor a substituição do dia de Natal pelo dia de Papai Noel. Não falta muito para isso acontecer. Muita gente nessa sociedade consumista já o fez, e os cristãos não estão se dando conta. O nosso presépio tradicional foi substituído pelo pinheirinho coberto de neve e por papai Noel distribuindo pacotinhos de presentes. Acredito se procuramos nas lojas, veremos que de cada cem artigos de Natal, talvez encontremos dois ou três presépios, bem mal-acabado, com bois, burros e ovelhas, às vezes reis magos com “ouro, incenso e mirra”... É uma lástima a paganização tomou conta de um dia tão divino, tão sublime, tão querido!
É triste para nós cristãos católicos comprometidos com o evangelho, ver como o Natal foi, aos poucos, perdendo sua sacralidade, sendo paganizado e futilizado pela ganância do dinheiro. Nas lojas de artigos de Natal é difícil encontrarmos presépios da tradição cristã católica, como aquele retratado tão belamente pelo “Poverello de Assis” – São Francisco de Assis, durante séculos. Este é o tipo de Natal sem sentido, sem valor, sem espiritualidade e sem aceitação divina, porque não alegra o coração de Deus.
O cristão católico consciente, por sua vez, deve ter em mente que Natal para ele tem um sentido profundamente espiritual, e não apenas um sentido humano. É uma busca constante do verdadeiro Jesus, uma constante adoração ao verdadeiro Jesus, que vive e reina para todo o sempre. É ir à igreja não por um hábito, ou por um mero costume, ou para ver alguém, mas para adorá-lo com um coração preparado, Sl 108,1. A adoração verdadeira é um dos aspectos relevantes do Natal. Ou seja, não existe Natal sem o compromisso de adorar o menino Deus - Jesus.  Portanto, Natal sem adoração ao Deus Encarnado, não é Natal.
Amados, acredito que um dos maiores presentes que podemos dar a Cristo  no Natal que vem, é a nossa vida como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o nosso culto racional, Rm 12,1. Portanto, abramos nossos tesouros, nossos corações e apresentemos ao Senhor Jesus nossas dádivas. Ele merece!. É Natal! Ele nasceu em nossas vidas, aleluia!
Diác. Misael da Silva Cesarino
07/11/2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.