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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

SOMOS SERVOS DO ESPÍRITO


Dentre os mais nobres e sagrados deveres da vida cristã é o de ganhar almas para o Senhor Jesus (cf. Mt 28,19). Logicamente que só faremos isso contando com a cooperação valiosa e eficaz do Espírito Santo (cf. At 1,8). Jesus prometeu que nós faríamos obras maiores do que ele fez (Jo 14, 12-14). Evidentemente que não podemos realizar essas obras maiores por nossa própria capacidade. Elas serão o resultado da atuação de Jesus Cristo - que veio buscar e salvar o pecador - através de nós, seus discípulos missionários.

Infeliz será o discípulo missionário que vaidosamente tentar empreender esta sublime e delicada missão sem esse apoio divino. Este estará fadado ao fracasso. Pois, ninguém, por mais sábio que seja jamais poderá realmente servir a Jesus, sem reconhecer a autoridade absoluta que pertence exclusivamente a Ele e ao Santo Espírito. Se quisermos servi-lo, devemos entrar numa relação de submissão àquele que nos governa como seus discípulos e missionários. Lembremos que o mesmo poder que os discípulos receberam no dia de Pentecostes - quando foram cheios do Espírito Santo - que os capacitou a mudar o curso da História, está a nossa disposição nos dias de hoje.

É preciso ter em conta que o Reino de Deus não é uma democracia que faz leis sujeitas à aprovação humana; mas sim, uma monarquia com um Rei benevolente que exerce autoridade absoluta (Cf. Is 66, 1). Qualquer iniciativa humana, sem o embasamento do poder divino, fatalmente irá fracassar e prejudicar a obra de Deus, ao invés de ajudar. Quem não anda segundo a direção do Espírito Santo, não saberá jamais o que Deus requer e muito menos como cumprir tão sublime mandato missionário de conquistar as almas para o Senhor. (cf. Mt 28,19). É o Espírito Santo quem nos separa para consagrar nossa vida ao “ministério da conquista”, (cf. At 13,2) é Ele quem nos suscita e qualifica como discípulos missionários, participantes no ministério de Redenção do Senhor Jesus.

Infelizmente há no ar uma ideia errada que se alimenta em nossos dias, em especial em alguns formadores para o ministério ordenados e não ordenados, a de que a capacidade intelectual, vida cristã ilibada, mais o dom da oratória são atributos suficientes para ser um discípulo missionário, um conquistador de almas. Essas qualidades não devem ser desprezadas, elas ajudam, porém não são fundamentais. É a nossa comunhão com o Espírito Santo o requisito fundamental e essencial para o sucesso ministerial, tanto do ministério ordenado, quanto do ministério do leigo. É o Espírito Santo quem faz o trabalho de convencimento das almas para o Senhor por intermédio do discípulo missionário – ordenados ou leigos. A bíblia nos relata que o Apóstolo Paulo e seu companheiro Barnabé, de volta da primeira viagem missionária, para qual foram chamados pelo Espírito “... anunciaram quão grandes coisas Deus fizera com eles, e como abrira a porta da fé aos gentios” (At 14, 27b).

Também, há de se tomar cuidado que no mundo atual, com sua ênfase em liberdade, independência e satisfação egoística, a mensagem do colocar-se sob a autoridade absoluta do Senhor Jesus, não agrada a muitos pretensos discípulos missionários. Eles gostariam de poder moldar uma nova imagem do Senhor Jesus, destacando as características dele e dos seus ensinamentos que acham mais agradáveis. Falam até sobre amor, bondade, generosidade, bênçãos e amizade do Salvador, mas negligenciam questões de autoridade, regras e obediência ao Senhor. Seguir o Senhor, como discípulo missionário, “é entrar em Cristo, e Cristo em nós, numa profunda interioridade mútua, formando uma como única personalidade mística” (Paulo VI).

Queridos, hoje segundo o pensamento da Igreja explicito no Documento de Aparecida, devemos ser “discípulos missionários”, e isso implica dizer que “Conhecer Jesus Cristo pela fé é nossa alegria; segui-lo é uma graça, e transmitir este Tesouro aos demais é uma tarefa que o Senhor nos confiou ao nos chamar e nos escolher”. Mas devemos atentar para o fato de não tentar ganhar almas pelos nossos próprios recursos, dependendo somente da nossa linguagem fluente, dos nossos conhecimentos teológicos, filosóficos e científicos, pois assim estaremos fadados ao insucesso e frustrações. Todos os esforços que aplicarmos nesse “mister” será prejudicial, tanto para nós quanto para a Igreja do Senhor e a causa do Reino.

Antes de ir é preciso implorar a Deus o apoio que Ele prometeu, e desse apoio divino: O Espírito Santo, depender constantemente. Se tivermos certeza de que o Pai pelo Espírito nos dirige, não teremos jamais falhas ou desanimo no ministério de conquistar almas. Pois a Palavra nos afirma que o nosso poder para a missão vem “não pelo poder, nem pela violência, mas sim pelo meu Espírito “(Zc 4,6). A Palavra nos relembra que a vitória verdadeira na conquista das almas, somente virá pelo Espírito do Senhor.

Não é pela nossa linguagem fluente, nem nossos conhecimentos teológicos, filosóficos e científicos, nem pela capacidade intelectual, vida cristã ilibada e dom da oratória, que vamos ser um discípulo missionário conquistador de almas, mas é “Pelo Meu Espírito, diz o Senhor...”
Diác. Misael da Silva Cesarino

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